O
Comando Nacional dos Bancários rejeitou a nova proposta apresentada pela
Fenaban (sindicato patronal), na última sexta-feira, dia 4, de reajuste
salarial de 7,1%, ou seja, aproximadamente 1% de aumento real, afirmou Carlos
Cordeiro, presidente da Contraf-CUT (confederação nacional dos bancários) e
coordenador do comando.
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A oferta
foi feita à tarde aos representantes da categoria, em reunião marcada pela
própria Fenaban um dia após os representantes do comércio pressionarem a
federação a entrar em acordo com a categoria. Segundo a CNDL (confederação dos
lojistas), o setor pode registrar perdas de até 30% se a greve se prolongar até
o quinto dia útil do mês.
Foi a
primeira oferta desde o início da greve, no dia 19 de setembro. A paralisação
completa nesta segunda-feira, dia 7, 19 dias.
Após
reunião das lideranças sindicais, para discutir a oferta, foi decidido pela
rejeição. "Estamos rejeitando essa proposta, pois ela não contempla os
principais itens da categoria, não só os econômicos, mas também os sociais",
diz Cordeiro. A categoria pede 11,93% de correção (5% de aumento real).
Segundo o
presidente da entidade, não houve nenhum avanço em relação à alta rotatividade
no setor, "os bancos demitem quem ganha mais e contrata novos funcionários
pagando menos", diz. Além disso, não houve proposta em relação às metas
abusivas e à segurança dos funcionários.
"Não
tem avanço na questão do emprego, não tem avanço na questão do trabalho e
segurança, nós estamos indicando a rejeição da proposta e a ampliação da nossa
greve".
Em
relação à PLR (Participação nos Lucros e Resultado), ficou mantida a fórmula
praticada atualmente. Os bancos oferecem correção dos valores fixos e de tetos
em 10%, que, segundo Cordeiro, na prática não muda nada para os trabalhadores.
Cordeiro
explicou que, ainda hoje, enviará à Fenaban comunicado oficial para avisar que
"o comando está rejeitando a proposta e orientando as nossas assembleias a
rejeitaram também.".
"Esperamos
que a Fenaban chame uma outra negociação e apresente nova proposta, mais
condizente com as reivindicações dos trabalhadores", disse Cordeiro.
Agora, a
greve deve continuar na segunda-feira, até que os bancos apresentem nova
oferta.
Procurada,
a Fenaban não comentou a rejeição imediatamente.
ASSEMBLEIAS
O Comando
Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, é uma representação dos sindicatos,
com aproximadamente 124 sindicatos de bancários no país.
Após a
rejeição da proposta pelo comando, as lideranças vão se reunir com os
trabalhadores em assembleias e informar que a direção do movimento está
defendendo a rejeição do que a Fenaban propôs.
"Estamos
pedindo para os trabalhadores referendar a posição que os dirigentes
tomaram". "A rejeição é uma posição do comando, que deverá ser
referendada nas assembleias", diz Cordeiro.
FONTE: FOLHA DE SÃO PAULO
FONTE: FOLHA DE SÃO PAULO
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