terça-feira, 22 de outubro de 2013

Apesar de Libra, continua firme a luta da categoria


















Para o vereador Marcos Antônio (PSOL), O governo Dilma (PT) cometeu um “crime de lesa pátria” contra a nação, ao realizar, dia 21, o leilão do Campo de Libra, localizado no pré-sal da Bacia de Santos, que tem reservas recuperáveis estimadas de 8 bilhões a 12 bilhões de barris de petróleo. O consórcio, formado pelas empresas Petrobras, Shell Brasil, a francesa Total e as chinesas CNPC e CNOOC, foi o único a apresentar proposta e venceu ao oferecer o mínimo de 41,65% do lucro do óleo, ou seja, do volume que exceder os custos de operação e os royalties.

GREVE

No tocante à greve dos petroleiros, o vereador do PSOL criticou veemente a nova proposta da Petrobras. A categoria, que vem sendo penalizada pela atual política de reajuste da empresa, rejeitou a proposta apresentada, na segunda-feira, 21, mantendo a greve dos trabalhadores, que foi iniciada na quinta-feira, 17.

Para ele, a Petrobras, “desrespeitosamente, em não acreditar no poder de mobilização da categoria dos petroleiros, apresentou uma proposta “ridícula”. Marcos classificou o gesto da empresa de “escárnio” à dedicação e empenho dos trabalhadores. Ele disse que a estatal, há mais de dez anos, se utiliza da mesma política de reajustes, aplicando apenas a reposição da inflação sobre o básico, concessões de bônus e gratificações, e quando muito pequenos reajustes reais sobre a RMNR. Essa prática fatalmente causará, no médio e longo prazo, perdas no poder aquisitivo salarial e nas futuras aposentadorias da categoria.

O parlamentar também falou sobre as distorções e desatualização do Plano de Cargos, Carreiras e Salários da categoria, bem como a proposta da estatal para a AMS (Assistência Médica Supletiva), que segundo ele, aumenta o valor das contribuições de grande risco e, ao mesmo tempo, precariza o serviço oferecido.

Marcos Antônio observou que a RMNR (Remuneração Mínima por Nível e Regime) “avança sobre o valor do nosso salário, inclusive para alguns na ordem de 30% chegando até 50%”. A parcela foi instituída no acordo coletivo de trabalho de 2007/2009 e ratificada no período 2009/2011. A RMNR consiste no "estabelecimento de um valor mínimo, por nível e região, de forma a equalizar os valores a serem percebidos pelos empregados, visando atenuar os efeitos dos custos de vida regionais, e preservar a isonomia salarial prevista na Constituição Federal". “O único amparo legal que tem a RMNR é o acordo coletivo”, um eventual recuo da Petrobras nesta clausula levará a categoria a significativa e irreparáveis perdas salariais, falou.

O parlamentar mencionou que a questão fundamental da luta agora é o reajuste salarial sobre o básico. E conclamou para intensificar a greve. “Agora o caminho é só um: avante!”.
Marcos do PSOL destacou que a causa é nobre e é preciso pressionar a Justiça, pois essa “é muito célere contra os trabalhadores” e lenta e sempre a favor dos empresários e dos governos que surrupiam a Constituição Federal.

Nenhum comentário:

Postar um comentário