Jefferson Lázaro: Críticas à Mesa Diretora pela demora da audiência |
Jheimy Nascimento: "Estão matando jovens como se mata boi". |
Gelson Lima, e não Kátia Sena, foi quem presidiu a audiência |
O ponto
alto da Audiência Pública sobre Segurança, que foi realizada, dia 11, no Pax
Clube, foi quando a mesa diretora da Câmara Municipal abriu espaço para a
sociedade civil se manifestar.
O
estudante de Física, Jefferson Lázaro de Lima (UFRN), confessou não compreender
porque um evento tão importante daquele foi solicitado em março, por iniciativa
da vereadora Kátia Sena (PRP), e somente agora foi realizado em outubro. “Foi
preciso morrer 80 pessoas para que essa audiência esteja sendo realizada”,
desabafou, criticando a mesa diretora conduzida pelo presidente Gelson Lima da
Costa Neto (DEM).
O universitário
também indagou ao prefeito Fernando Cunha (PMN) se ele, na condição de gestor,
conseguia dormir diante das estatísticas da violência em Macaíba. “Eu, como
cidadão macaibense, não consigo dormir com tantos jovens morrendo. E o senhor,
como prefeito da cidade, consegue?”.
Outro
universitário, Jheimy Nascimento, de 23 anos, reclamou que um dos vereadores
lhe chamou a atenção para não apontar culpados na sua fala. “É muito fácil
dizer isso, quando se é culpado. Estão matando os jovens como se matam boi. E os
culpados são vocês, políticos”, falou, apontando para todas as autoridades da
mesa.
Já
Nerivaldo Monteiro, presidente da Federação dos Conselhos Comunitários de
Macaíba, também não poupou críticas ao Poder Legislativo Municipal, que “dá 15
minutos para as autoridades e 1 minuto para o povo falar”. “Já que aqui é a
casa do povo e o povo não pode falar, então vamos fazer uma audiência pública
para que a população possa ter direito a voz”, disse, referindo-se ao limite de
tempo imposto pelo presidente Gelson Lima.
Já o juiz da Vara Criminal, pediu a Gelson Lima
para que ele tivesse paciência, pois se tratava de uma audiência pública e a
população necessitava se manifestar.
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