sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Audiência sobre segurança foi marcada por críticas a políticos

Jefferson Lázaro: Críticas à Mesa Diretora pela demora da audiência

Jheimy Nascimento: "Estão matando jovens como se mata boi".

Gelson Lima, e não Kátia Sena, foi quem presidiu a audiência


O ponto alto da Audiência Pública sobre Segurança, que foi realizada, dia 11, no Pax Clube, foi quando a mesa diretora da Câmara Municipal abriu espaço para a sociedade civil se manifestar.
O estudante de Física, Jefferson Lázaro de Lima (UFRN), confessou não compreender porque um evento tão importante daquele foi solicitado em março, por iniciativa da vereadora Kátia Sena (PRP), e somente agora foi realizado em outubro. “Foi preciso morrer 80 pessoas para que essa audiência esteja sendo realizada”, desabafou, criticando a mesa diretora conduzida pelo presidente Gelson Lima da Costa Neto (DEM).
O universitário também indagou ao prefeito Fernando Cunha (PMN) se ele, na condição de gestor, conseguia dormir diante das estatísticas da violência em Macaíba. “Eu, como cidadão macaibense, não consigo dormir com tantos jovens morrendo. E o senhor, como prefeito da cidade, consegue?”.
Outro universitário, Jheimy Nascimento, de 23 anos, reclamou que um dos vereadores lhe chamou a atenção para não apontar culpados na sua fala. “É muito fácil dizer isso, quando se é culpado. Estão matando os jovens como se matam boi. E os culpados são vocês, políticos”, falou, apontando para todas as autoridades da mesa.
Já Nerivaldo Monteiro, presidente da Federação dos Conselhos Comunitários de Macaíba, também não poupou críticas ao Poder Legislativo Municipal, que “dá 15 minutos para as autoridades e 1 minuto para o povo falar”. “Já que aqui é a casa do povo e o povo não pode falar, então vamos fazer uma audiência pública para que a população possa ter direito a voz”, disse, referindo-se ao limite de tempo imposto pelo presidente Gelson Lima.
Já o juiz da Vara Criminal, pediu a Gelson Lima para que ele tivesse paciência, pois se tratava de uma audiência pública e a população necessitava se manifestar.

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