terça-feira, 8 de outubro de 2013

Audiência Pública debateu sobre o Método Alternativo à Experimentação Animal



Por mais que a experimentação animal venha sendo amplamente desacreditada no meio científico, grande parte da comunidade científica ainda adota o entendimento de que “o uso dos animais é um mal necessário”.
Homem-Animal, de Grant Morrison (DC Comics)

Foi visando se aprofundar sobre esta questão que o vereador Marcos Antônio (PSOL) propôs a realização de Audiência Pública sobre o Método Alternativo à Experimentação Animal, ocorrida na terça-feira, dia 8, na Câmara Municipal de Natal.
Segundo o vereador, o objetivo da reunião foi chamar a atenção e provocar reflexão na sociedade sobre os acontecimentos em torno dos milhares de animais que são torturados diariamente ao redor do mundo para testar todo tipo de produtos e teorias científicas, contrariando os interesses da vida, liberdade e integridade física e psíquica.
Ele destacou que a abordagem é pioneira na Câmara Municipal de Natal, pois um outro tema, relativo a defesa dos animais, vez por outra é discutido na casa legislativa. E que, além disso, é importante por trazer à luz e levar para a sociedade a reflexão do que vem sendo feito aos animais.
Marcos mencionou que só temos noção disso quando o tema afloram, através de grupos. O parlamentar lamentou a ausência de representantes das instituições públicas, até para justificar porque essa prática de sacrificar animais para experimentos científicos ainda vem sendo adotada, classificando-a de “acomodação”.   
Já a promotora do Meio Ambiente, Rossana Sudário, acredita que a ausência dos órgãos explica-se pelo fato de que “essas pessoas não têm a menor necessidade de discutir o assunto”. “Somos nós que pensamos diferentes; nós que queremos levar essa discussão para a sociedade”, falou, reconhecendo a dificuldade enfrentada para se aprofundar sobre o tema a uma questão cultural.
E aproveitou para criticar as entidades de defesa dos animais, que se ausentaram da discussão. “Não entendo como é que uma pessoa, que se diz protetora dos animais, consegue ingerir carne. Qual a diferença de um cachorro para um bife suculento?”, questionou Sudário.
Além da representante do Ministério Público Estadual, marcaram presença na audiência biólogo Thales Trez (Universidade Federal de Alfenas, em Minas Gerais), Thiago Tavares (da ong VEDDAS - Vegetarianismo Ético, Defesa dos Direitos Animais e Sociedade), Úrsula Tatiana (representante da Frente Parlamentar de Direitos dos Animais) e convidados.




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