segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Vereador Marcos é entrevistado por alunas de Contabilidade da UnP





















No último dia 11, o vereador Marcos Antônio (PSOL) recebeu a visita de quatro estudantes do curso de Ciências Contábeis da Universidade Potiguar (UnP). A comitiva foi formada por Maria da Piedade Marinho, Milena Wanesa Soares Silva, Bárbara Caroline Costa Antas e Brenda Cassimiro das Chagas.
O objetivo da visita foi fazer uma entrevista com Marcos Antônio para complementar um trabalho acadêmico. O tema, escolhido pela disciplina de Antropologia, é “A corrupção e a imagem política em Natal”. As acadêmicas comentaram, no final, que acharam a entrevista muito esclarecedora.
A primeira pergunta foi referente à questão da corrupção na administração pública.
Marcos falou que as pessoas só veem a corrupção na questão macro, mas ela começa desde coisas pequenas.
Na máquina pública brasileira, por exemplo, o vereador mencionou que a corrupção se alastrou como um “câncer” que vem desde a origem do povo brasileiro. “O Brasil, desde a sua colonização, já nasceu diferente dos outros países. Nós somos uma colônia de exploração e não de povoamento”, disse, complementando que isso fez a diferença.
Em outros lugares, afirma que o povoamento se deu de forma voluntária. E o Brasil herdou os vícios e as práticas da máquina administrativa de Portugal.
No tocante ao Rio Grande do Norte, o vereador do PSOL afirmou que é “um estado sem lei”. “Em Natal, vivemos sob uma prefeitura ilegal, porque a prestação de contas, a reprovação de contas de um município já está pacificada”, falou.
Indagado sobre se tem algum conhecimento de condenações por crime de corrupção, Marcos citou os casos do Foliaduto (gestão Wilma de Faria), Operação Hígia (idem), Operação Assepsia (gestão Micarla de Sousa), Operação Impacto (vereadores de Natal), que até agora não houveram punições.
“O poder político não é sustentável numa só coluna. Ele tem duas sustentações: o Poder Judiciário e a mídia. Nós temos no nosso Estado e no nosso município uma imprensa toda vendida, que se locupleta da corrupção do poder público”, desabafou.
Um das acadêmicas perguntou se a imagem dos políticos é mal vista pela população. O vereador disse que há um conformismo por parte da população, que encara a corrupção como algo natural; e que muitas vezes isso é propagado pela mídia, que tem interesse na perpetuação desse tipo de corrupção.
Para o parlamentar, há corrupção nas três esferas de poder: Executivo, Legislativo e Judiciário. Mas o alvo maior, na sua opinião, são os políticos, por fazerem parte de um poder “mais aberto”, por estarem mais próximos do tesouro, de “meterem a mão”. “E aí nós temos uma política conservadora, tradicional e corrupta”, disse, acrescentando que o entendimento de quem entra na política é para enriquecer, fazer da política uma profissão, como um trampolim social para ter um bom salário. E, para isso, pratica todo tipo de corrupção.
Marcos Antônio acha que está havendo um avanço na questão da denúncia. Mas na questão da impunidade, não. Na sua ótica, quem gera mais essa maldade (impunidade), para a sociedade brasileira é o político, o ladrão do colarinho branco, pois desvia milhões de setores que acabam gerando a morte de milhares de pessoas.
Marcos Antônio finalizou, comentando que acha que, neste caso, o político deveria pegar prisão perpétua.

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