Pelo fim da experimentação animal

Os grupos Veddas (Vegetarianismo Ético, Defesa dos Direitos Animais e Sociedade) e Cruor Arte Contemporânea realizaram, dia 6 (quarta-feira), no Centro de Biociência (CB) da UFRN, um ato performático contra a utilização de animais em atividades de pesquisa acadêmica, prática esta que ainda hoje é utilizada por alguns docentes da UFRN. A performance teve como proposta sensibilizar os estudantes a respeito do uso de animais com fins didáticos e de pesquisa.

Segundo os membros do Veddas, o CB é um local simbólico para o ato, visto que é onde se usa dessas técnicas e “propaga-se (através da doutrinação dos alunos) o desrespeito à vida dos animais”.
Para Ionaldo Morais, o uso de experimentação animal ocorre todos os dias nos laboratórios do Brasil e do mundo inteiro, em que milhares de animais “são cruelmente tratados e sacrificados a título de uma falsa ciência”.

“Os testes em animais são apenas uma enganação, uma farsa. Eles atrasam a ciência e são extremamente cruéis. Há outros métodos alternativos e podem ser utilizados na pesquisa e no ensino”, defende o militante, acrescentando que a prática é desnecessária, cruel e atrasa o avanço da ciência.

Através de uma encenação simbólica e teatral, foi mostrado como são cruéis as atividades nos laboratórios do Brasil e do mundo. Dois atores inverteram os papéis: ao invés de animais, eles representaram seres humanos sendo cruelmente utilizados em experimentos científicos.

Segundo Talita Ratto, a UFRN ainda realiza métodos cruéis de experimentação animal. Há uma resistência por parte de alguns professores em deixar de utilizar animais. Mas cabe aos estudantes optarem pela objeção de consciência. Para Talita, o objetivo maior do movimento é mostrar que existem outras maneiras de se realizar os testes de maneira a não causar sofrimento em cobaias vivas.