De quem foi
a culpa? Essa é a grande indagação feita pelos macaibenses a respeito dos
congestionamentos do trânsito nas principais vias de acesso da cidade, no
último dia 8, provocados pelo evento “Justiça na Praça”, na Avenida Mônica
Dantas.
Quem teria
sido o responsável pela interdição das ruas? A Prefeitura? Por que não houve um
planejamento mais eficaz para se fazer essas interrupções? Não teria sido
melhor promover o evento no mesmo local, mas deixando as vias livres? Por
exemplo, no Calçadão da Mônica Dantas há bastante gramado e espaço para isso.
Então, por que interditar a avenida e a ponte do Conjunto Tavares de Lyra
(Conjunto Caranguejo)?
Apesar de
ser uma ação de solidariedade promovida pelo Poder Judiciário em parceria com
várias instituições para beneficiar a população, o evento acabou promovendo
mais constrangimentos do que benfeitorias. O trânsito, no final da tarde
daquele dia, ficou travado. Ninguém conseguia sair ou entrar em Macaíba.
Várias
pessoas, para poderem chegar em suas casas, tiveram que abandonar seus veículos
em outras ruas ou em casas de amigos e caminharem a pé – pronunciando
palavrões, óbvio!
Segundo
relato de populares, uma pessoa teria falecido em um taxi porque não conseguiu
chegar em tempo numa unidade hospitalar, pois o Samu Metropolitano não
conseguia entrar em Macaíba.
Há quem diga
que o congestionamento foi estendido até o final da estrada que liga Macaíba ao
município de São Gonçalo do Amarante.
Surgido em
11 de agosto de 1733, o espaço geográfico que mais tarde, em 1855, se chamaria
Macaíba é uma cidade que preserva muito dos aspectos da sua formação original.
Mesmo com um plano diretor, as ruas de Macaíba são bastante estreitas e sem
planejamento (também pudera, que engenheiro, em pleno século 19, preveria que a
Macaíba – e a Região Metropolitana de Natal – iria se tornar no espaço
espremido que nos encontramos?).
O problema
dos engarrafamentos no centro de Macaíba não é de hoje. Mas urge uma atitude
mais enérgica do prefeito Fernando Cunha para tentar minimizar os transtornos sentidos
pela população, pelo menos no tocante a esta questão.
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