Em seu pronunciamento na Reunião da Frente
Parlamentar em Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente, dia 24, na
Câmara Municipal de Natal, o vereador Marcos Antônio (PSOL) falou que os problemas sociais só são lembrados, debatidos e
discutidos em vésperas de campanha eleitoral ou grandes eventos, em que a
população sempre é excluída.
Ele se
referiu à Copa de 2014. “Me parece que o nosso município, o nosso país, vive em
torno da Copa. Tudo é Copa”, disse, justificando que gostaria de ver as
discussões sendo feitas previamente, com um planejamento bem elaborado e sendo
executado pelo ente público municipal, com relação à criança e ao adolescente,
e não apenas para a Copa do Mundo, através de um programa contínuo e intenso.
Desta
forma, continuou o parlamentar, já teríamos uma estrutura fixa, organizada e
não somente para o período do mundial de futebol.
Com
relação ao orçamento para as políticas públicas, Marcos do PSOL mencionou que
sempre se depara com um item: a falta de recursos financeiros. “Não existe
falta de recursos. Existe falta de priorização!”, frisou.
Falou
que apresentou uma emenda ao PPA (Plano Plurianual), no final do ano passado,
na ordem de R$ 3 milhões para construção, aperfeiçoamento, melhoramento e
montagem de estruturas das casas-abrigo para crianças e adolescentes. “A grande
maioria dos vereadores desta Casa votou contra, inclusive até membros desta
Frente Parlamentar. Isso é uma vergonha!”, denunciou.
E, de
acordo com o vereador do PSOL, na Câmara Municipal há uma Frente Parlamentar em
Defesa das Políticas Públicas de Juventude, cujos membros também votaram contra
as emendas que beneficiariam as políticas públicos para o setor.
“Então,
é necessário, mesmo cometendo o pecado da deselegância, que a verdade seja
dita. Não podemos ficar o tempo inteiro fazendo proselitismo político. Temos
que sair do discurso para a prática! E eu estou tentando fazer isso”, mencionou.
Marcos
Antônio falou que tem notado a ausência da SEMTHAS (Secretaria Municipal de
Trabalho e Assistência Social) na área debatida, que, na sua opinião, deveria
ser mais incisiva.
Na ocasião, convocou não somente a Frente Parlamentar em
Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente, mas toda a Câmara Municipal, “inclusive
puxando na orelha de muitos deles, que enquanto continuarmos com essa política
de discurso e de migalha nós não iremos sair do desastre criminal que existe
hoje, de violência contra a infância, adolescência e a nossa juventude”.
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