quinta-feira, 24 de abril de 2014

Marcos do PSOL afirma que falta prioridade e não recursos para efetivar políticas públicas para as crianças e adolescentes



Em seu pronunciamento na Reunião da Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente, dia 24, na Câmara Municipal de Natal, o vereador Marcos Antônio (PSOL) falou que os problemas sociais só são lembrados, debatidos e discutidos em vésperas de campanha eleitoral ou grandes eventos, em que a população sempre é excluída. 
Ele se referiu à Copa de 2014. “Me parece que o nosso município, o nosso país, vive em torno da Copa. Tudo é Copa”, disse, justificando que gostaria de ver as discussões sendo feitas previamente, com um planejamento bem elaborado e sendo executado pelo ente público municipal, com relação à criança e ao adolescente, e não apenas para a Copa do Mundo, através de um programa contínuo e intenso.
Desta forma, continuou o parlamentar, já teríamos uma estrutura fixa, organizada e não somente para o período do mundial de futebol.
Com relação ao orçamento para as políticas públicas, Marcos do PSOL mencionou que sempre se depara com um item: a falta de recursos financeiros. “Não existe falta de recursos. Existe falta de priorização!”, frisou.
Falou que apresentou uma emenda ao PPA (Plano Plurianual), no final do ano passado, na ordem de R$ 3 milhões para construção, aperfeiçoamento, melhoramento e montagem de estruturas das casas-abrigo para crianças e adolescentes. “A grande maioria dos vereadores desta Casa votou contra, inclusive até membros desta Frente Parlamentar. Isso é uma vergonha!”, denunciou.
E, de acordo com o vereador do PSOL, na Câmara Municipal há uma Frente Parlamentar em Defesa das Políticas Públicas de Juventude, cujos membros também votaram contra as emendas que beneficiariam as políticas públicos para o setor.
“Então, é necessário, mesmo cometendo o pecado da deselegância, que a verdade seja dita. Não podemos ficar o tempo inteiro fazendo proselitismo político. Temos que sair do discurso para a prática! E eu estou tentando fazer isso”, mencionou.
Marcos Antônio falou que tem notado a ausência da SEMTHAS (Secretaria Municipal de Trabalho e Assistência Social) na área debatida, que, na sua opinião, deveria ser mais incisiva.
Na ocasião, convocou não somente a Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente, mas toda a Câmara Municipal, “inclusive puxando na orelha de muitos deles, que enquanto continuarmos com essa política de discurso e de migalha nós não iremos sair do desastre criminal que existe hoje, de violência contra a infância, adolescência e a nossa juventude”.

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