terça-feira, 15 de abril de 2014

Livro da História da Caricatura Brasileira é lançado em Natal



O pesquisador Luciano Magno e os chargista Ivan Cabral e Rômulo Estânrley

O pesquisador Luciano Magno lançou seu livro “História da Caricatura Brasileira”, dia 14, em Natal. Ele veio para o RN a convite do chargista Ivan Cabral. Na ocasião, participou da palestra “História, Mídias e Cultura Visual: Quadrinhos, Games e Caricaturas no Brasil”, promovido pelo Curso de História da Universidade Potiguar (Unidade Floriano Peixoto).
As palestras foram ministradas por Luciano Magno (PUC/RJ), Roger Tavares (UFRN), Mariano de Azevedo (UnP), e a historiadora Milena Azevedo.
A obra é fruto de mais de duas décadas de pesquisas do historiador carioca Luciano Magno e pode ser considerada uma verdadeira bíblia da caricatura brasileira, até mesmo pelo tamanho: são 528 páginas recheadas de muita informação e, claro, caricaturas. Originalmente publicado em 2012 e só agora dando as caras por aqui, o livro já recebeu diversos prêmios — dentre os quais um da Associação dos Cartunistas do Brasil, na categoria Grande Contribuição, e o Prêmio Jabuti 2013 na categoria Livro de Arte/Fotografia.
Reconhecimentos merecidos pela “bíblia”, ou, melhor dizendo, “velho testamento” da caricatura, pois Magno ainda pretende revelar muito mais sobre a caricatura no País. “Esse livro examina a trajetória e a produção dos protagonistas da caricatura no Brasil desde o século 19 até a época contemporânea e faz parte de uma coleção que terá outros volumes.

Resgate da caricatura
O objetivo é resgatar e revisar a história da caricatura brasileira, mapeando a nossa produção gráfica, dos primórdios até os dias de hoje, com registros e análises biográficas sobre a trajetória e a obra dos principais caricaturistas brasileiros, oriundos de vários estados”, conta Magno.
Por sinal, além de historiador, pesquisador e sociólogo, ele mesmo é um caricaturista. “Os meios de comunicação até hoje veiculam e dignificam a caricatura, patrimônio cultural que se desenvolveu com expressão em nosso País, contribuindo de maneira artística, sociológica e de comunicação ao País. Basta lembrarmos a importância do nosso jornalismo ilustrado no século 19, com o traço genial de Angelo Agostini, na sua luta abolicionista, e Bordalo Pinheiro, no seu papel anticlerical e republicano, assim como, a relevância das nossas revistas ilustradas no século 20, como 'O Malho', 'Careta' ou 'O Cruzeiro', nas quais trabalharam e publicaram os nossos melhores caricaturistas de então”, pontua.

Tema incomum
Ao falar sobre a palestra, Mariano de Azevedo falou que encontrar discussões acadêmicas sobre o tema em Natal não é muito comum. “De fato, o tema não é comum para os eventos do gênero que estamos acostumados a ver em Natal e também não é comum de ser tratado nas pesquisas acadêmicas. No entanto, a investigação científica de algumas mídias (sejam elas digitais ou não) tem se fortalecido nas universidades brasileiras. A indústria cultural muito tem contribuído para alimentar o que chamamos de “cultura pop”, que é consumida por milhões de pessoas diariamente, chamando atenção para a necessidade de se refletir tal universo cultural de forma séria, crítica”, analisa o professor.

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