O pesquisador Luciano Magno e os chargista Ivan Cabral e Rômulo Estânrley |
O pesquisador
Luciano Magno lançou seu livro “História da Caricatura Brasileira”, dia 14, em
Natal. Ele veio para o RN a convite do chargista Ivan Cabral. Na ocasião,
participou da palestra “História, Mídias e Cultura Visual: Quadrinhos, Games e
Caricaturas no Brasil”, promovido pelo Curso de História da Universidade
Potiguar (Unidade Floriano Peixoto).
As palestras
foram ministradas por Luciano Magno (PUC/RJ), Roger Tavares (UFRN), Mariano de
Azevedo (UnP), e a historiadora Milena Azevedo.
A obra é
fruto de mais de duas décadas de pesquisas do historiador carioca Luciano Magno
e pode ser considerada uma verdadeira bíblia da caricatura brasileira, até
mesmo pelo tamanho: são 528 páginas recheadas de muita informação e, claro,
caricaturas. Originalmente publicado em 2012 e só agora dando as caras por
aqui, o livro já recebeu diversos prêmios — dentre os quais um da Associação
dos Cartunistas do Brasil, na categoria Grande Contribuição, e o Prêmio Jabuti
2013 na categoria Livro de Arte/Fotografia.
Reconhecimentos
merecidos pela “bíblia”, ou, melhor dizendo, “velho testamento” da caricatura,
pois Magno ainda pretende revelar muito mais sobre a caricatura no País. “Esse
livro examina a trajetória e a produção dos protagonistas da caricatura no
Brasil desde o século 19 até a época contemporânea e faz parte de uma coleção
que terá outros volumes.
Resgate da caricatura
O
objetivo é resgatar e revisar a história da caricatura brasileira, mapeando a
nossa produção gráfica, dos primórdios até os dias de hoje, com registros e
análises biográficas sobre a trajetória e a obra dos principais caricaturistas
brasileiros, oriundos de vários estados”, conta Magno.
Por
sinal, além de historiador, pesquisador e sociólogo, ele mesmo é um
caricaturista. “Os meios de comunicação até hoje veiculam e dignificam a
caricatura, patrimônio cultural que se desenvolveu com expressão em nosso País,
contribuindo de maneira artística, sociológica e de comunicação ao País. Basta
lembrarmos a importância do nosso jornalismo ilustrado no século 19, com o traço
genial de Angelo Agostini, na sua luta abolicionista, e Bordalo Pinheiro, no
seu papel anticlerical e republicano, assim como, a relevância das nossas
revistas ilustradas no século 20, como 'O Malho', 'Careta' ou 'O Cruzeiro', nas
quais trabalharam e publicaram os nossos melhores caricaturistas de então”,
pontua.
Tema incomum
Tema incomum
Ao falar
sobre a palestra, Mariano de Azevedo falou que encontrar discussões acadêmicas
sobre o tema em Natal não é muito comum. “De fato, o tema não é comum para os
eventos do gênero que estamos acostumados a ver em Natal e também não é comum
de ser tratado nas pesquisas acadêmicas. No entanto, a investigação científica
de algumas mídias (sejam elas digitais ou não) tem se fortalecido nas
universidades brasileiras. A indústria cultural muito tem contribuído para
alimentar o que chamamos de “cultura pop”, que é consumida por milhões de
pessoas diariamente, chamando atenção para a necessidade de se refletir tal
universo cultural de forma séria, crítica”, analisa o professor.
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